quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Zena: Qualidade e uma bela voz.

 De uns tempos pra cá, vem aparecendo muitas bandas com o vocal feminino no meio underground. Isso não é uma crítica muito pelo contrário, é uma boa surpresa. O Zena é uma destas bandas. A belíssima voz de Giul Abreu flerta de foma quase mágica pelos acordes pesados do som da banda que faz um "rock pesado pop", se assim posso dizer. As dobras de voz são muito bem colocadas e as composições muito bem feitas. Ir para as rádios parece realmente questão de tempo.
Com um clip muito bem produzido, uma pegada forte e letras que falam de relacionamentos, a banda parece ter uma relação boa entre o som que faz e seu visual. Nada diferente do usual, mas se destaca pela excelente qualidade de todos os integrantes. O grupo investe em um som atual, com mudanças entre guitarras e samples que dá um resultado bem positivo e interessante. Tudo muito certinho, tudo no lugar, sem exageros e extremos.
Aposto muito nessa banda, e ao ver coisas assim como o Zena, começo a achar realmente que a evolução do Underground Rock é hoje uma realidade. Dou os meus parabéns a eles e votos de sucesso.


Para quem quiser saber mais da banda, é só dar uma olhada na página deles no facebook: (http://www.facebook.com/zenaoficial/info)

Valeu pessoal !

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Vem aí a segunda festa Seattle Carioca !




No dia 05 de outubro será realizada na Lona Cultural de Vista Alegre, a segunda festa Seattle Carioca. O sucesso da edição anterior foi o grande responsável pela continuidade do projeto, que abalou as estruturas da região, revitalizando a cena Rock local. O evento começará às 20:00 horas e, os ingressos custarão R$ 7,00 (antecipados) e, R$ 10,00 (na hora) .

Nesta nova festa estão confirmadas as bandas Menarka (Silverchair Cover), Piss in Wild (NIrvana Cover) e fechando a noite, a banda Hollywood Rocket (Guns and Roses Cover) .

Assim como na edição anterior, serão exibidos clipes das melhores bandas de rock de todos os tempos e estilos no telão. É a hora de repetir a alegria mostrada pelo público que lotou a Lona Cultural de Vista Alegre no evento em agosto.

Menarka ( Silvechair Cover )

 Tive o prazer de ver essa excelente banda tocando ao vivo e não tive dúvidas: os garotos são uma das principais referências em cover da banda Silverchair que já vi. Eles se preocupam em escolher muito bem seu repertório, dando preferência "às músicas mais fortes da banda australiana de Daniel Johns. O grupo tem a pressão e o entrosamento mais do que perfeitos para deixar o público de boca aberta com seu show. Não percam!!


Piss in Wild ( Nirvana Cover )

 É pra enlouquecer a galera roqueira, especialmente os saudosistas de Kurt Cobain. Difícil será para essa banda escolher um repertório no meio de tantos sucessos do Nirvana. Com a certeza de um grande show, o Piss in Wild não deixará ninguém parado. A banda já possui experiência de várias apresentações e, é conhecida por sua grande competência no meio underground cover. A lona ficará pequena. Será que vai rolar "Smells Likes a Teen Spirit ? Terão que ir lá pra ver !!!!

 Holywood Rocket ( Guns and Roses Cover )

 A tendência mesmo é o pessoal sair rouco e cansado ao fim da festa. Não é segredo para ninguém a importância e o poder do Guns and Roses para o mundo do Rock. Prometendo um show pra lá de animado, o Hollywood Rocket quer marcar definitivamente o seu nome na área, arrebentando com os maiores sucessos de Axl e Cia. A banda conta ainda com um som idêntico, tanto em vocal quanto instrumental e, com certeza, vai dar a todos satisfação mais do que garantida!


Os ingressos serão vendidos antecipadamente na Lona Cultural de Vista Alegre , no Buteco do Gelobol  ( Av. Brás de Pina, 1783, Vista Alegre, Tel : 7821-9997) e no 39 Bikers Pub (Av. Monsenhor Félix, 1042 - Irajá.)

Quem não foi na primeira edição, não deixe de ir agora!!! Difícil será ficar de fora...

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Dalí: Mais uma vertente do Rock que não para de crescer.

 A receita pode parecer um pouco velha, mas até mesmo em uma receita antiga, deve-se mostrar certa competência para que o resultado seja bom.O Dalí demonstra muita vontade de acertar, e faz do seu som algo até previsível, mas não menos agradável.Com arranjos bem redondinhos, variações de notas bem agradáveis e um vocal tranquilo e bem afinado, a banda faz um rock pop, se assim podemos dizer, bem feito e bem acessível as rádios. O diferencial deve estar em ter um grupo relativamente jovem ( a banda foi fundada em 2011 ), e um de seus integrantes, Rudã Macedo, possuir a habilidade de tocar todos os instrumentos. As letras viajam entre o "nonsense" e as coisas mais livres de se interpretar, o que dá muitas vertentes a banda. Acredito realmente que a banda possa acontecer, pois parece ser bem produzida e no caminho certo. Como a banda ainda é muito nova, creio que um pouco de maturidade e estrada seja o ponto crucial desta galera que luta para ter seu espaço no meio underground.
A banda também conta com Rudã Macedo ( Guitarra e teclados e voz ), Matheus Machado (Guitarras e voz ), João Pedro ( Baixo ) e Romano Valladão ( Bateria ).
Curiosidade: para os ouvidos mais atentos, a banda pode lembrar coisas de bandas que começaram a surgir na segunda parte dos anos 90, como Tantra e pitadas psicodélicas como Violeta de Outono, coisa rara hoje em dia . Ao mesmo tempo, tem musicas que lembram coisas bem atuais como CPM 22 . Isso mostra certa versatilidade dos meninos.

A banda está inscrita no festival F.B.I. ( festival de bandas independentes ) e pelo que se vê , não fará feio.
Quem quiser ver mais dos meninos, é só ir na pagina do Facebook, e conferir agenda, fotos e novidades !
http://www.facebook.com/musica.dali.3

Boa sorte a banda e quem acompanha o Seattle Carioca, acompanhem os rapazes, porque o som vale a pena. Parabéns !

sábado, 11 de agosto de 2012

Festa Seattle Carioca : Um evento exemplar.

Ontem foi realizada a primeira festa SEATTLE CARIOCA na Lona Cultural de Vista Alegre. Foi uma presença surpreendente de público, que cantou, pulou, curtiu os clips que foram apresentados e assistiram as bandas que tocaram e, o maravilhoso clima que relembrou os velhos tempos dos eventos de rock da região.
As bandas desta primeira edição, foram Phantom (cover Pearl Jam) , Gates of Purgatory (cover Iron Maiden) e No USA (cover System Of a Down) .
Não há palavras para descrever o quanto foi bonito ver um público que aparentemente estava tão carente de eventos assim no bairro e entorno. O sorriso de todos estava estampando em seus rostos ao rever velhos amigos, beber, curtir o som que gostam, cantar em coro com as bandas e, desfrutar de um bom espaço e um bom som. Valeu a pena cada minuto, cada banda, cada clip e cada pessoa. O público deu uma verdadeira lição de que é possível se fazer um evento de rock com curtição, disciplina e, muita honestidade em sua proposta. Rock é isso. Festa rock é isso. Público rock, também é isso.

Falando agora das bandas, mesmo porque elas são parte fundamental do sucesso do evento, nenhuma delas deixou a desejar. Todas fizeram o público cantar. Foi muito legal ver o fã de Pearl Jam cantar músicas do Iron Maiden; o do Iron , pular em músicas do System; do System vibrar com músicas do Pearl Jam. Essa simbiose tornou o evento mais especial. Não houve pré conceitos bobos, pois, todos estavam unidos em só propósito: manter sempre viva a chama de um estilo que tem tão pouco espaço.

Phantom  
Já falei dessa banda aqui antes e não preciso repetir as mesmas palavras. Mesmo assim, devo ressaltar a competência e a alta responsabilidade de todos os integrantes, que em nenhum momento deixaram a platéia parada. Anderson Locatelli (vocal) , tem carisma, pique, foco e principalmente a voz surpreendentemente igual a de Eddie Vedder. Não posso deixar de falar em todos os músicos que são extremamente bons. Com sucessos como Go, Jeremy, State Love and Trust, Why Go, a banda abriu o festival faltando implodir a Lona, que a essa altura já estava lotada e cantando tudo com eles. Dizer que o Phantom fez um show impressionante, é redundância. Quem não conhece, realmente deve assistir e acompanhar a banda assim que tiver uma oportunidade. Vale muito a pena!!!

Gates of Purgatory.
A missão do Gates of Purgatory não era fácil. A platéia estava quente após a saída do Phantom e, os meninos tinham a responsabilidade de manter a temperatura do evento. Missão cumprida. Com música como Fear of The Dark, The Wickerman, The Trooper e outras, associada à excelente qualidade dos músicos, a banda tirou de todos, os coros mais altos do evento. Com um vocalista que não parava no palco e, guitarras virtuosas, a banda não se preocupou com a diferença de estilos da banda antecessora e, fez um show com muita raça e determinação. Com vasto repertório de sucessos que o Iron Mainden possui,  fica sempre a sensação de que faltou alguma coisa.  Mesmo assim, a banda mostrou seu potencial e cumpriu o seu papel. Parabéns a eles!!!

NO USA
Fechando a noite, o trio do NO USA causou verdadeiro espanto em todos. Em primeiro lugar, o baterista era o vocalista em uma banda cover de System of a Down que possui arranjos difíceis, e muito peso. Depois, pela maravilha de apresentação. Ficou verdadeiramente impossível não gritar, não pular, não vibrar e não cantar com esse show avassalador que passou como um furacão pela Lona.
Músicas como Toxcity, Sugar, Chop Suey, BYOB e outras, deixaram o público realmente ensandecidos e com muita adrenalina. A banda por ser um trio, mostra muita competência e segurança, sem contar com a movimentação dos integrantes no palco, que era total. A energia de todos contaminou as arquibancadas que quase se esvaziaram fazendo as pessoas irem para frente do palco e cantar a plenos pulmões junto com eles. Não percam esses caras de vista. São incríveis!!!





Enfim...esta foi a primeira edição de muitas que vêm por aí. Agradecendo a todos que ajudaram, e todos que vieram e divulgaram. E aguardem, estamos só começando !!!!

domingo, 5 de agosto de 2012

Suburbagem Super heavyweight : vencendo sempre os obstáculos em nome da arte.

Em uma noite repleta de dificuldades e desafios, foi realizado mais um Suburbagem, que vou chamá-lo de "Suburbagem Super Heavyweight" no Casarti. Dificuldades essas que não preciso citar aqui, mas são decorrentes de fatores óbvios impostos por vários outros, que tornaram as coisas difíceis de serem realizadas. Mesmo assim, foi feito com raça pelos organizadores e bandas que mais uma vez deram o seu máximo para que fosse proporcionado a quem veio, uma festa legal. Desta vez, destaco o esforço das bandas, dos organizadores que lutaram muito para preservar seu objetivo principal: manter viva ainda a cena independente. Deixo em primeiro lugar, os meus parabéns a todas essas pessoas que mostraram que estamos no caminho certo e, que nessas horas é que são testadas a vontade e a garra de quem realmente ama o que faz.

Neste dia, as banda que tocaram foram Algoz, Revolutiva e Milhouse, transformando a noite em uma das edições mais pesadas deste ano (se não foi a mais pesada). Tudo escrito abaixo, será uma análise verdadeira de quem estava lá, ouviu as bandas e acompanhou cada uma com suas dificuldades . Mesmo assim, o resultado foi mais do que surpreendente.

Algoz
Destaco essa noite pela qualidade das bandas, a começar pelo Algoz . A vocalista Elza tem uma voz extremamente marcante e poderosa, saindo do convencional, levando a banda a vôos mais do que diferentes. O estilo New Metal da banda misturados com riffs e batidas fortes que lembram coisas como "Queens of the Stone Age", aumentam o poderio de fogo do grupo que ainda são reforçados por letras críticas e poesias ácidas ,compostas por eles. Fizeram um show "de gente grande". Seguros e firmes, mostraram a que vieram. As músicas são avassaladoras e, fluem com muita facilidade em relação ao público, tornando a banda não só divertida, mas reflexiva. Se tiverem a oportunidade de vê-los, não percam. Em um palco maior e, um espaço mais aberto, a banda deve ser um verdadeiro terremoto. Parabéns!!!
Quem quiser conhecer mais a banda, é só ver a fan page deles no facebook : (http://www.facebook.com/bandaalgoz ) . Não os perca de vista. A banda tem muito ainda o que mostrar.



Revolutiva


O Revolutiva continua surpreendente. Mais uma banda de New Metal com gutural que praticamente assusta a quem assiste. A banda tem composições em inglês e, arranjos que parecem que vão arrebentar as paredes do local. O quarteto possue um clima denso, pesado e muito violento, associado à competência de seus músicos e a "pequena notável" vocalista "Paolla", que tem o dom de deixar todos com os queixos caídos e olhos arregalados quando solta a sua voz. Complicado é dizer por o quanto a banda permaneceria no underground. Acredito que não por muito tempo, pois quem assiste, imagina como a banda se comportaria em um grande festival. O carisma deles é realmente contagiante, sem contar com o grande carinho que eles tratam a todos a quem os assiste (a banda distribuiu a todos Cds com seu EP, sendo que eu mesmo ganhei um autografado). Fizeram um show competente e profissional, sem erros e sem escorregões. Um deleite para quem gosta de uma pancada sonora forte, limpa e sem clichês. Muito bom mesmo. ( http://www.facebook.com/revolutivaoficial ).


Milhouse




 Com uma proposta diferente, mas não menos pesada, o Milhouse fechou a noite com um som digno de uma trilha sonora de filmes de terror intergalático moderno (nossa, de onde tirei isso?), digamos assim. O peso da banda é empolgante, mas o que chama atenção mesmo é a forma com que eles conduzem suas músicas. Longos instrumentais, mas sem serem chatos e massantes. Arranjos interessantes e muita criatividade musical fazem da banda uma grata surpresa a cada composição. Com competência ímpar, a banda desfilou suas músicas sendo acompanhadas pelos olhos atentos de todos que pareciam sempre esperar "o que vinha depois" e, isso é bem legal. Também muito seguros, simpáticos e atenciosos, o Milhouse é um exemplo de que tudo se pode fazer dentro do rock and roll sem ser sacal. Têm realmente muita qualidade e certamente, muito futuro. ( http://www.facebook.com/milhouserj )



E assim, foi mais um Suburbagem. Agradecendo a todos que mostraram que ainda é maravilhoso trabalhar com a música. Ainda vale a pena!!! Sempre valerá!!!





quinta-feira, 2 de agosto de 2012

The Bunker Band Acústico...impecáveis.


 A Lona Cultural de Vista Alegre deu inicio a uma programação interessante chamada "Quintas no Quintal", proporcionando mais um espaço para a música independente e, mostrando vários artistas e estilos. Ponto para a organização da Lona, que pôs o que tem de melhor em equipamento, vontade e disposição em nome desse pessoal que rala tanto para se mostrar.
Mas, hoje vou falar de uma das muitas atrações que se apresentaram. O desafio do The Bunker Band foi o de transformar em acústico, um repertório elétrico e, ainda ser interessante. O trabalho da banda é realmente muito bom ( já falei sobre eles antes aqui mesmo), considero os rapazes uma banda quase profissional. Daí, fiquei curioso ao descobrir sobre o grau de dificuldade elevado, pois o show seria nos moldes acústicos. Parei para ver atentamente, sem piscar os olhos e com os ouvidos bem abertos a cada detalhe para não perder nada.
Impecável!!! Essa é a palavra que se encaixa perfeitamente no show dos meninos que não fizeram feio em nenhum segundo. As músicas não ficaram tão diferentes neste novo formato, mas ganharam uma leveza extrema. Os arranjos foram cuidadosamente bem executados, os violões maravilhosamente bem afinados e equalizados; os teclados deram um ar mais bonito para as músicas, que pareciam crescer e evoluir numa sequência de notas cada vez mais cativante. A banda não só passou no teste, passou com muito louvor.
Demostrando muita calma e um carisma bem ímpar, a banda desfilou suas músicas com um profissionalismo sem igual, mostrando que tem muita lenha para queimar e, que seu futuro não está tão longe... Está logo ali.
Parabéns The Bunker Band!!!!!! Depois de um show desses, só me restou voltar para casa inspirado, leve e muito satisfeito em saber, que vale muito a pena ainda assistir o cenário independente. Tem muita coisa boa a ser descoberta.

P.S. O som não está lá essas coisas, mas é só para vocês terem uma idéia, ok?